segunda-feira, 7 de abril de 2014

Menina que ia teatro : Jim [ Crítica]

Título : Jim
Texto : Walter Daguerre
Direção : Paulo de Moraes
Elenco : Eriberto Leão, Roberta Guida
Teatro Carlos Gomes
Ingressos : R$ 15 com desconto no Click On
Duração : 1h 20 min













Um homem diante do túmulo de Jim Morrison com uma arma em punho. Um homem que não conheceu o vocalista do The Doors pessoalmente mas que, entretanto, teve sua vida pautada pelas ideias e pelos ideais deste que é considerado um dos maiores ícones do rock de todos os tempos. Este é o mote do espetáculo estrelado por Eriberto Leão. 
Descobri o " The Doors" em 1991 quando o filme sobre eles de Oliver Stone com Val Kilmer sendo Jim Morrison foi parar nos cinemas do país todo. O filme era forte para minha idade, mas entrei com algumas amigas e desde então me apaixonei pelas músicas deles e meu quarto era lotado de trechos de músicas dele escritos em qualquer lugar e um poster no armário!
Claro que me interessei em ver a peça, mas a princípio ela passou no Rio no Teatro Leblon onde até tirei foto com o ator mas tinha ido ver outra peça.
Passado uns 2 meses a peça se mudou para o Teatro Carlos Gomes no Centro do Rio com preços mais bacanas e com uma promoção do site de compras coletivas por R$ 15!
Fui na peça pensando que era sobre a vida do finado cantor que morreu aos 27 anos vítima de overdose. Ledo engano, acabei me frustrando com algumas coisas!
O teatro estava lotado, apesar de estar precisando de uma boa reforma ele tem cadeiras confortáveis e uma ótima visualização do palco.
Apesar da atuação de Eriberto ser digna de bater palmas de pé o texto é um tanto quanto confuso já que é a história de um fã do cantor que nasceu 49 dias após a morte de Jim , ele se sente ligado ao cantor e faz de tudo para se inspirar em tudo que ele fez em vida.
Eriberto pegou todos os trejeitos de Jim, parece que estamos vendo ali no palco, além de cantar igual a ele, sim, o ator parece ter encarnado em Morrison, é impressionante!
Por mais que Roberta Guida se esforce em ser uma espécie de " Pamela" na história, Eriberto engole tudo e todos em cena, é de uma técnica, de um capricho e um talento que fazem a plateia parar para apreciar e ele domina o palco!
A banda no palco também é excelente, os acordes estão ótimos e a acústica do teatro ajuda muito.
Minha ressalva é para a história mesmo, quem vai, assim como eu, esperando ver a história de Jim Morrison se decepciona, por mais que  o fã em cena ame o cantor e conte muito da vida dele, não se trata de uma biografia, mas sim de uma homenagem , onde por mais que o ator seja Morrison em cena , na verdade ele é um fã que se inspira no cantor e que tem suas dúvidas da vida envolvendo atitudes do finado mito.

Para quem pouco sabe da história do The Doors não chega a ser uma aula, com certeza o espectador sairá com dúvidas, tive que explicar muita coisa para minha mãe e para o meu namorado.
Como sempre amei a banda e li duas biografias de Jim, muitas coisas que falam eu remeti aos livros e ao filme o que para mim foi muito bom.
Mas para ser perfeito eu tiraria algumas cenas de histerismo do personagem fã e colocaria uma blusa na Roberta, há uma cena onde fica mais de dez minutos com os seios de fora, desnecessário, não vi motivo algum para isso.
A peça é muito boa sim, mas o texto não é o melhor dela.
No final da peça no momento dos aplausos, o ator ao invés de pedir para recomendarem a peça como é de praxe, falou mal da Praça Tiradentes onde fica o teatro Carlos Gomes .
A praça em frente realmente estava sem policiamento e com muitos cracudos na frente.
Sugiro já entrarem no táxi quando a peça terminar!

7 comentários:

  1. Oi Raffa, também conheci o "The Doors" através do filme.
    Quanto ao local... morei bem próximo por 5 anos e nada mudou: abandono, sujeira e pouca iluminação. Sem contar os pivetes e cracudos que "moram" na Praça Tiradentes. Embora haja uma Delegacia bem próxima, não há proteção nenhuma.
    Uma pena que uma peça tão legal esteja em cartaz nesse local.

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  2. Vi uma entrevista do Eriberto falando sobre a peça e já achei um tanto confusa...e como nunca fui fã do "The Doors" ficou mais confuso ainda...

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  3. Eu vi o túmulo do Jim pessoalmente quando estava em Paris. Ele é todo cheio de marca de beijo e desenhos dos fãs.
    Nunca vi o filme todo, vou procurar online pra dar uma conferida... Sempre tive curiosidade. ;)

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  4. Eu adoro o The Doors!
    Pena que esta peça está somente no Rio, mas tomara que venha para SP.

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  5. Olá Raffa!
    Conheço algumas músicas do The Doors,mas não posso dizer que sou fã.Uma pena que a peça deixou a desejar. Eriberto Leão, sempre dá um show de interpretação!
    Beijos

    As Leituras da Mila

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  6. Com a bela atuação do Eriberto, acho também que se fosse uma biografia, com certeza seria uma peça bem mais interessante...é uma pena essa Praça ser tão mal cuidada, mas infelizmente nesse país, tudo anda abandonado mesmo...achei legal o Eriberto ter falado no final sobre isso, mostra que ele, assim como qualquer brasileiro, está descontente com o poder publico!

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  7. Já ouvi maravilhas sobre esse espetaculo..queri muito ir..mas eles nc vem aqui pra Fortaleza =/

    http://livroaoavesso.blogspot.com.br/

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